terça-feira, 27 de setembro de 2011

Será um recado para nós?

Ao longo dos últimos dias, tem circulado entre alguns dos mandatários e dinamizadores do "movimento pro referendo Vida" uma animada troca de emails sob este título «será um recado para nós?». Esta discussão teve origem na entrevista de D. José Policarpo ao Jornal de Notícias e decorre da polémica afirmação ou generalização de que da política «ninguém sai de mãos limpas».

Certo de que há muitas formas de sujar as mãos fora da política e algumas formas haverá também de fazer política mantendo-as limpas, penso que aquela entrevista não "será um recado para nós" por três razões:

  1. porque a promoção de um referendo pro Vida não se insere naquilo a que se costuma chamar o "jogo da política directa", o jogo político-partidário. Ora esta iniciativa é supra-partidária e aconfessional, apelando ao apoio dos líderes de diferentes confissões religiosas e, sobretudo, a todos os homens de boa vontade. Trata-se, simplesmente, de usar legítimos mecanismos de cidadania para promover o Bem Comum, a salvação de Vidas Humanas que as leis do Estado português hoje desconsideram;
  2. porque se a nossa iniciativa, que não faz mais do que corresponder a um sinal de abertura deixado por Pedro Passos Coelho aos microfones da Renascença durante a última campanha eleitoral, desagradasse a Sua Eminência, D. José Policarpo já a teria condenado publicamente e convidado a afastar-se dela os católicos de Lisboa que também a integram. Bem pelo contrário, vários bispos católicos, membros da Conferência Episcopal Portuguesa a que D. José Policarpo preside, têm-nos manifestado o seu sincero apoio e encorajamento;
  3. porque, finalmente, é muito clara a Doutrina Social da Igreja quando convida os cristãos - que sintam essa vocação - a envolver-se construtivamente no terreno da  política ao serviço do Bem Comum. Não o fazer, tendo alguns talentos para pôr a render nesse terreno da política a que Bento XVI não hesitou em chamar de "eminente forma de caridade*", tornar-nos-ia merecedores da reprimenda da parábola de Jesus sobre o servo que, com medo da severidade do seu amo, foi esconder o talento na terra (Mateus 25:14-30): «Servo mau e preguiçoso!»

Há, pois, boas razões para continuar a aguardar uma declaração explícita da Conferência Episcopal Portuguesa e do Patriarcado de Lisboa, onde já em Julho deu entrada a "carta aos líderes religiosos", sobre a oportunidade e necessidade urgente de correspondermos à abertura manifestada pelo Senhor Primeiro-Ministro no sentido de se realizar um referendo nacional de iniciativa popular - o primeiro - do qual a inviolabilidade da Vida Humana possa sair triunfante.

Luís Botelho Ribeiro
Guimarães, 27 de Setembro de 2011




* in http://www.zenit.org/article-12675?l=portuguese, «
o Papa quis «recordar que uma eminente forma de caridade é a atividade política vivida como serviço à polis, à “coisa pública”, na perspectiva do bem comum»»




http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=32011

D. José Policarpo

Bispos devem ficar fora do jogo da política

Em entrevista ao Jornal de Notícias, D. José Policarpo afirma que a Igreja não se deve envolver no jogo político até porquê, diz o Cardeal, ninguém sai de mãos limpas. 


A política não é para Bispos. A posição assumida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.

Em entrevista ao Jornal de Notícias, D. José Policarpo afirma que a Igreja não se deve envolver no jogo político até porquê, diz o Cardeal, ninguém sai de mãos limpas. 

“Nós Bispos no Ocidente, e penso bem, até bastante conduzidos pelo magistério dos Papas, o nosso ministério é de uma natureza que pode ficar prejudicado se nós nos metermos na política directa como ela é feita hoje. Ninguém sai de lá com as mãos limpas. Portanto, nós fugimos disso”, disse o Cardeal.

D. José Policarpo lembrou ainda que “há realmente uma pré-política, que é a doutrina da Igreja e do evangelho, que são todas as realidades humanas”.
 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

adiamento da reunião no Patriarcado de Lisboa - 29set.

Por motivos que desconhecemos, foi-nos comunicada a necessidade de adiar a reunião de dia 29 (5ª feira) no Patriarcado de Lisboa. Serve este aviso para prevenir eventuais desencontros, uma vez que tinhamos previamente convidado os interessados para comparecerem na Graça, antes ou depois daquela reunião. Ainda não há uma data para nova reunião.

Entretanto a recolha de assinaturas prossegue, havendo necessidade de intensificar o ritmo. Pedimos a todos quantos têm consigo folhas total ou parcialmente preenchidas, o favor de nos reportarem o número de assinaturas em sua posse para fazermos um ponto de situação.

Muito obrigado.

*comissão Nacional pro referendo Vida*

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

de mãe para mãe - o blogue

Vale a pena ler e reflectir no que se diz e pensa a respeito da proposta deste novo referendo. Mesmo pessoas que votaram "sim" no referendo ao aborto, reconhecem o absurdo da "solução final" do legislador:
 http://demaeparamae.pt/forum/aborto-novo-referendo

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Carta ao irmão que não nasceu

Meu querido irmão:
Hoje, enquanto olhava alegremente nos olhos do meu filhinho, interroguei-me como é possível que alguém possa fazer mal a uma criatura inocente como esta que não se pode defender, e chorei por todos aqueles bebés que foram abortados, e não tiveram a sorte que o meu filho teve de poder nascer e ser embalado nos braços de uma mãe que o esperou com amor.
Embora não tivesse tido a sorte de te conhecer nesta terra, amo-te muito meu irmão, pois através dos olhos da alma eu vejo-te. Sei que, se tivesses nascido, terias o cabelo preto do nosso pai e os olhos vivos e alegres da nossa mãe; talvez até se fosses um pouco parecido comigo!. Nesta carta, que se Deus quiser, os anjos te farão chegar, quero-te pedir que perdoes à nossa mãe por não ter te permitido nascer. Ela não sabia o que fazia quando foi àquela maldita "clínica", onde um médico sem escrúpulos, esse sim, sabia que abortar é matar, destroçou com o bisturi o teu corpinho que mal começava a formar-se, e com ele destruiu também o plano de Deus para ti. A nossa mãe, pobrezinha, não soube o que tinha feito até muitos anos depois.
Num triste dia ambas contemplámos horrorizadas a realidade do aborto homicida reflectida em algumas fotos, verdadeiras provas de que o aborto é um crime. Que dor tão grande sentimos, querido irmão, ao ver aquelas fotos pela primeira vez e comprovar como deve ter ficado teu corpinho depois do aborto que te tirou a vida. Embora passados já vários anos, a nossa querida mãe não pode esquecer! Irmãozinho, ela ainda sonha contigo, sobre como serias, e eu às vezes, quando nos reunimos todos os irmãos na mesa familiar com nossos pais, sinto no meu coração a tua ausência que faz com que o grupo esteja incompleto e pergunto-me como seria ter-te aqui connosco.
Lá no céu, onde sei que graças à misericórdia de Deus tu estás, rogo a Ele que te envie meus pensamentos, e peço-te perdão em nome da nossa mãe, a quem a imensa dor do arrependimento e o peso que levou na sua consciência pela tua morte, não a deixam expressar em palavras o que deveras sente. Roga a Deus por ela, pois embora saiba que Ele lhe perdoou, porque ela não sabia o que fazia, ainda se lembra e pensa no muito que te teria amado, se tivesses nascido. Pede a Ele por outras mulheres, para que não caiam no mesmo erro que a nossa mãe, por falta de conhecimentos. Da minha parte, prometo que ainda que não te tenha podido salvar do aborto, outras crianças serão salvas pelo meu esforço, pois trabalharei para levar às suas mães a mensagem que a nossa não recebeu.
O amor e lembrança, da tua irmã que espera, com a ajuda de Deus, encontrar-se contigo algum dia na eternidade...
(omitimos nome da autora)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

pro referendo VIDA - reuniões em Lisboa e Porto

Depois de um bom arranque "pós-férias", o combate parece estar a esmorecer e chegam menos folhas. Há que manter os braços levantados, como Moisés em Refidim diante dos Amalecitas (Ex 17,8-13). E os "braços levantados", no presente, somos nós e o nosso labor para intensificar a distribuição e preenchimento de folhas de pedido do referendo. Cada um no seu lugar, congregue, convide os grupos e movimentos de leigos, de jovens, de escuteiros - faça o que estiver ao seu alcance para que a onda progrida e chegue à praia.

Faremos um encontro prévio de mandatários pro referendo Vida, no Porto,  café/rest. Convívio, perto do mercado do Bonsucesso e do shopping cidade do Porto. Será no sábado, 24 de Setembro, pelas 15h30. Se o espaço for insuficiente, alguém ali ficará para indicar o novo local de reunião (qq dúvida, ligar ###.###.###). Se puder comparecer, não falte!!!

Uma delegação nossa terá uma importante audiência com o senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, no dia 29 de Setembro, pelas 15h na sede do Patriarcado, em São Vicente de Fora, Lisboa. Quem quiser estar presente e dar o seu apoio, pode fazê-lo à entrada ou à saída. No fim (provavelmente às 16h30 e as 17h00), antes de cada um regressar à sua terra, poderemos analisar as conclusões da reunião tomando café  um pouco mais acima, na pastelaria Estrela, ao Largo da Graça.

Importa reflectir seriamente sobre a seguinte questão:
 - se na Polónia foi possível, com o apoio activo da Igreja Católica, reunir 600.000 assinaturas em apenas duas semanas;
 - se são sinceras as promessas de oração e palavras de apoio recebidas de líderes religiosos, incluindo alguns bispos católicos, conforme temos publicado no blogue http://daconcepcaoamortenatural.blogspot.com/,

   como se compreende que, em Portugal, um mês depois do início da campanha ainda não tenhamos atingido sequer as dez mil assinaturas (das 75.000 necessárias)?


Portugal, 15 de Setembro de 2011
notas:
in http://www.thenewamerican.com/world-mainmenu-26/europe-mainmenu-35/8094-polands-parliament-considers-total-abortion-ban

«Graças a uma grande campanha pro-Vida, os deputados polacos aprovaram na generalidade uma legislação tendente a banir completamente o aborto da Polónia. [...] os bispos católicos desempenharam igualmente um papel mjuito importante. [...] a câmara baixa do Parlamento fez baixar a proposta a uma comissão, apesar dos esforços da Aliança Democrática de Esquerda tendentes à sua rejeição.»

http://www.thenewamerican.com/world-mainmenu-26/europe-mainmenu-35/8963-polish-abortion-ban-defeated-pro-life-leaders-optimistic
Líderes pro-Vida na Polónia continuam optimistas apesar da rejeição por pequena margem na votação final da proposta que baniria o aborto daquela nação católica. Esta histórica proposta de Lei, resultado de uma campanha nacional que, com o apoio da Igreja, reuniu 600.000 assinaturas em duas semanas, foi finalmente rejeitada no final de Agosto por 191 votos contra e 186 a favor, com 5 abstenções e 78 deputados ausentes. de acordo com o sítio LifeSiteNews.com.
[...] Na próxima legislatura voltaremos a re-submeter esta proposta para acabar com o aborto.”

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

dois esclarecimentos

1. Têm-nos perguntado se é possível assinar online o pedido do referendo. Ao contrário das habituais petições à Assembleia da República, infelizmente não é possível à luz da Lei.

cf. Lei orgânica do regime do Referendo (Lei nº 15-A/98, de 3 de Abril)
«Artigo 17º
Forma
1 - A iniciativa popular assume a forma escrita e é dirigida à As sem bleia
da República, contendo, em relação a todos os signatários, os se guintes
elementos:
a) Nome completo;

b) Número do bilhete de identidade.»

2. Alguns especialistas têm sido de parecer que a pergunta possa vir a ser dividida em duas, na medida em que a primeira parte se dirige à questão do aborto (desde o momento da concepção) e a segunda visa o tema da eutanásia (até à morte natural). A comissão executiva nacional da petição entende manter a formula das folhas já em circulação e admite dividir a pergunta posteriormente, durante a fase de negociação/reformulação com a Presidência da Assembleia da República, como já aconteceu em outras ocasiões. Por isso mesmo a lei prevê no seu art.º 19º (da representação) que os mandatários, e a comissão executiva por eles designada, represente os peticionários diante da Assembleia da República em todos os actos que haja necessidade de levar a efeito, com vista ao objectivo comum da convocação de referendo.

domingo, 11 de setembro de 2011

apelo aos mandatários locais

Caros mandatários locais «pro referendo-Vida»,

Saudações amigas.

Já entrámos na 2ª fase da nossa iniciativa pro-referendo e todos os dias nos chegam centenas de assinaturas de apoio. Conforme anunciámos, nesta fase será especialmente importante a rede de mandatários locais à qual aderistes subscrevendo a «carta aos líderes religiosos». Contamos convosco e com o cumprimento empenhado do vosso compromisso, organizando a recolha de assinaturas na vossa área de residência/trabalho e apostando na mobilização dos mais jovens.

A nossa campanha está a ter uma cobertura mediática muito ligeira, como já esperávamos - não devemos, portanto, deixar que isso afecte o nosso compromisso e ritmo de trabalho. O mais importante será conseguirmos reunir e apresentar as assinaturas necessárias no momento oportuno.

Mãos à obra pela dignidade da Vida Humana.

Portugal, 11 de Setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

entrega da carta ao Sr Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos

No passado dia 7 de Setembro, um grupo de mandatários pro referendo-Vida entregou pessoalmente ao Sr. Bispo de Aveiro a «carta aos líderes religiosos», pedindo a sua oração e intercessão a favor desta causa. Registando o acolhimento franco e generoso do Sr. Bispo, D. António Francisco dos Santos, houve ainda oportunidade para tomar conhecimento próximo das recentes Jornadas Mundiais da Juventude, que tiveram lugar em Madrid.