Bom seria que, passado já algum tempo de reflexão, todos os religiosos e religiosas bem como os fiéis católicos em geral, pudessem ouvir uma palavra esclarecedora dos seus Bispos.
Aqui ficam alguns testemunhos recentemente recebidos pela «comissão nacional pro referendo vida»:
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«Afinal é ou não para se avançar com a recolha de assinaturas para propor na AR novo referendo sobre a defesa da vida (aborto e eutanásia) ? »
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«Contactei o pároco da minha paróquia (...) acerca do referendo, mas ele queixou-se de que não tem notícias de que é uma iniciativa organizada. Acho que ele devia ter sido contactado pela hierarquia, a começar na Conferência Episcopal, para se fazer alguma coisa. O que é que se passa? A Conferência Episcopal Portuguesa não foi contactada? Porque é que eles não estão a baixar a notícia ao longo da cadeia, e a organizar as coisas do lado deles? » ------------------- «o questionário onde pergunta se a rádio renascença apoia ou não a causa da vida, estou desapontado pois não existe a opção de votação: "Não apoia a vida, mas sim o aborto", pois eu presenciei menções favoráveis ao aborto nas suas transmissões.» ------------------- «Hoje, entre o meio-dia e a uma, a rádio renascença (RR) – que é reconhecida e promovida pela Igreja como católica -, propriedade do Patriarcado de Lisboa e da Conferência Episcopal, [...] pôs a “debate” o, impropriamente, chamado “testamento vital” [...] três das “sumidades” que palraram advogaram obstinadamente o carácter vinculativo do dito documento[...] . Qualquer pessoa minimamente informada sabe que essa “vinculação” significa de facto abrir a porta à eutanásia constituindo, por isso, uma agressão violenta e homicida, bem como uma ataque directo à autonomia e liberdade da pessoa em estado de enorme vulnerabilidade. Não é para admirar, uma vez que a estação emissora patriarcal (o Patriarcado de Lisboa é, de longe, o proprietário principal) sabia que estes três eutanazis eram conhecidos abortistas que estiveram fortemente empenhados no referendo sobre a liberalização do aborto, pelo lado do Sim à mesma. São eles João Semedo do bloco de esquerda, Eurico Reis, juiz desembargador (convidado residente) e Miguel Oliveira da Silva, presidente do conselho nacional de ética para as ciências da vida (!). Este último, aliás, é especialmente conhecido por, várias vezes, ter orgulhosamente confessado, na televisão, que ele próprio praticava abortamentos. A rádio dos nossos Bispos está tão feliz e orgulhosa com as declarações deste último que anda a repeti-las nos noticiários. [...] Que o mundo fique a saber, os Bispos portugueses desde há muitos anos compactuam, do modo acima descrito, com o abuso mortal de menores nascentes (também se poderia dizer, pedofobia mortífera) e agora com os eutanazis. [...] Por mim, não tenho dúvidas, se o comportamento dos meios de comunicação social da Igreja, em particular da RR, a estação emissora com a mais vasta audiência a nível nacional, tivesse sido como devia ser o resultado do último referendo sobre o aborto teria sido muito diferente.» ------------------- « No início de 2001, um sacerdote [...] fez-me, provocatoriamente, a seguinte pergunta: - Qual é a sua mensagem para a Igreja no início do século XXI? Confesso que fiquei perplexo e agastado com tal pergunta, mas instantaneamente uma "voz" me ciciou ao ouvido a resposta, que transcrevo: - Dado que a Igreja, até agora, tem falado de Cristo e seguido Pilatos, comece agora a falar de Pilatos e a seguir Cristo. [...] Hoje, constato que a minha mensagem não surtiu qualquer efeito e que Pilatos continua a ser uma grande figura da História da Igreja: o género e o estilo "NÃO ME COMPROMETA E DEIXE CORRER" é o que está a dar.»
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até do outro lado da barricada já notam e assinalam o silêncio da Igreja
A lei (que não agrada a minorias militantes sempre ativas) é indiferente
à maioria e não é posta em causa por praticamente mais ninguém. Já nem a
Igreja fala disso.
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(resultados provisórios do nosso inquérito ao posicionamento da Rádio Renascença)
A Rádio Renascença tem apoiado a causa da Vida?
Sim, activamente | 42 (21%) |
Sim, mas timidamente | 37 (18%) |
Sim, a contragosto | 6 (3%) |
Praticamente nada | 64 (32%) |
Não sei | 51 (25%) |
Votos apurados: 200