Lançámos há poucos dias uma campanha que, se Deus quiser, nos levará a um Referendo no qual, de uma assentada, esperamos banir o "
aborto a pedido" e atalhar a
eutanásia.
Tudo faremos para que, ao contrário dos anteriores referendos, uma
questão bem formulada comprometa e implique os cidadãos nas consequências directas da resposta. Quando se pretende saber se os portugueses desejam que o Estado tenha poder sobre a vida humana ou, pelo contrário, seja obrigado a respeitá-la sempre e incondicionalmente, a pergunta que se fizer terá de ser geral e abstracta. O seu âmbito terá de compreender:
- toda a extensão da vida, da concepção à morte natural;
- qualquer circunstância da vida: saúde/doença, emprego/desemprego, liberdade/detenção (erradicação pioneira da pena de morte);
É óbvio que não se pode permitir que um novo referendo delimite o alcance da pergunta a um determinado prazo (10 semanas), desresponsabilizando os votantes ao garantir-lhes que a decisão tomada (certa ou errada) jamais se lhes aplicará. É evidente que os votantes de 1997 e 2007 não estavam a decidir sobre o seu próprio Direito à Vida mas apenas sobre o direito de terceiros, sem voz nem voto. E também não podemos permitir que de um debate tão sério sobre o "direito à Vida" nenhuma indicação seja dada ao legislador sobre o sentido da vontade geral dos portugueses relativamente à "eutanásia" que alguns porfiam em trazer para Portugal, em vez da aposta verdadeiramente humana numa rede de cuidados paliativos.
Por isso a questão que propomos a referendo é exactamente esta:
«
Concorda que a legislação portuguesa garanta a inviolabilidade da Vida Humana, desde o momento da concepção até à morte natural?»
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Entre os defensores indefectíveis e inconformados da Causa da Vida, a maioria compreende e apoia esta iniciativa e já começou a assinar e difundir a «carta aos líderes religiosos». Outros, porém, receiam que não seja ainda o momento mais oportuno; que haja ainda necessidade de uma grande «mudança de mentalidades». A esses, cuja opinião respeitamos, temos de perguntar:
- vamos deixar o povo esquecer a promessa de Pedro Passos Coelho? Ou acabar por esquecê-la ele próprio, por omissão nossa?
- podemos deixar matar 20.000 bebés não-nascidos a cada ano que passa e o país cada vez mais mergulhado no "inverno demográfico"?
- podemos arriscar-nos a que a impopularidade das medidas de austeridade anunciadas abrevie esta legislatura e assim expire a promessa feita ao povo pro Vida aos microfones da
Rádio Renascença?
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Por tudo isto, parece-nos que o tempo é de acção e temos de andar rapidamente. Da experiência passada, sabemos também que só podemos contar connosco próprios e com Deus, não com uma Comunicação Social ainda muito adversa a esta Causa. O nosso plano de acção é simples e aberto - sem segredos. Temos adversários que combatemos lealmente e de quem, desde 2008, não precisamos de esconder as armas que também possuímos - terços incluídos.
Fase 1 - Devemos, nós os crentes que mantemos esta chama acesa, começar por invocar sobre nós as bênçãos de Deus e as orações dos nossos líderes religiosos para quem a Vida, dom de Deus, constitui um valor inegociável. Foi isto que começámos no dia
7 de Julho, apelando à subscrição da
carta via internet ou da
carta a imprimir e distribuir em papel. Nesta primeira fase, estamos a constituir uma rede territorial capilar - uma rede de mandatários locais para uma mais expedita e eficaz execução da 2ª fase. No final, reunidas as assinaturas de crentes cristãos, judeus e muçulmanos, cada mandatário distrital, começando pelo Primeiro Mandatário, entregará a carta ao seu Bispo ou autoridade correspondente evangélica ou ortodoxa, de judeus ou muçulmanos, convidando a imprensa regional/nacional para testemunhar e divulgar esse momento.
Fase 2 - Já com a rede organizada e uma boa cobertura do terreno (totalidade dos distritos e concelhos, percentagem significativa de freguesias), lançaremos publicamente a campanha de recolha das 75.000 assinaturas necessárias, apelando a crentes e não-crentes. Precisamos de cerca de 200 assinaturas por concelho - em média - o que, sem ser impossível, constitui um desafio digno de nota a exigir-nos todo o empenho e determinação. Se cada um de nós assumir a missão de passar esta pequena chama ao seu círculo próximo, as trevas do aborto recuarão e a aurora de um novo dia iluminará Portugal: as escolas voltarão a encher-se, nos nossos jardins voltará a sentir-se o alegre pulsar da Vida, nos templos voltará a soar a voz de um povo com Esperança e até a nossa economia voltará a erguer-se... do "lixo"!
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Eis tudo o que, em concreto, lhe pedimos nesta fase:
1. clique aqui para subscrever carta online
comissão pro referendo Vida
Leonor Ribeiro e Castro
Maria das Dores Folque
Vera de Abreu Coelho
Carlos Fernandes
Luís Botelho
Luís Paiva
Miguel Lima
Rodrigo Castro